4 de maio de 2012
Vida Simples - Pescaria
O tema da matéria estava dado: o que a pesca pode ensinar mesmo a quem não é adepto dessa atividade. Era necessário achar algo que interessasse aos leitores da Vida Simples e ainda contasse uma boa história. Pensei em me aprofundar na técnica para entender melhor como funciona a cabeça de um pescador, mas era muita informação a ser apreendida. Coisa que leva anos para aprender não se ensina em alguns dias.
Vasculhando minhas memórias e conversando com especialistas no assunto, decidi que o melhor seria achar personagens que encarnassem o espírito atento de um bom pescador. Um deles veio da minha infância. Passei incontáveis manhãs de finais de semana assistindo ao bom e velho Pesca e Companhia, apresentado pelo "encantador de peixes" Rubinho de Almeida Prado, o Rubinho. Ele foi um dos responsáveis por tornar a pesca esportiva um esporte rentável e profissional. Rubinho largou a carreira de economista no Citibank para fazer o programa. E nunca teve tempo de se arrepender.
Difícil foi chegar a Peter Santos Nemeth. Primeiro porque nosso encontro foi em Ubatuba, a mais de 200 quilômetros de São Paulo. Peter largou a carreira de publicitário formado e empregado para dar um passo corajoso: virou caiçara. De verdade. Pescava de canoa, tinha (tem) uma criação de mariscos e aprendeu os modos de vida do povo local. Assim viveu por seis anos, já presidente da associação de pescadores artesanais da Praia da Enseada.
Duas histórias que trazem em suas essências a necessidade de mudar e a vontade de estar perto da água, dos peixes e de tradições que pouco compreendemos. As duas motivadas pela pesca, uma atividade tão antiga quanto é ser um humano. Você deve estar se perguntando sobre os porquês e os "comos" de Peter e Rubinho. Bom, isso só na revista Vida Simples de maio, que está nas bancas. Tweetar
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